O menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desaparecido há 10 dias em Três Passos, foi dopado antes de sofrer uma injeção letal.
A informação foi repassada à Polícia Civil pela assistente social Edelvânia Wirganovicz, que ajudou no assassinato. As apurações apontam que o homicídio foi planejado e executado pela madrasta da criança, a enfermeira Graciele Ugolini, com ajuda da amiga Edelvânia. Ambas estão presas por ordem da Justiça.
Conforme depoimento de Edelvânia, o menino foi dopado com barbitúricos eassassinado com uma injeção letal de um produto que ela não soube precisar, preparada pela enfermeira e madrasta do garoto. As duas teriam levado junto na viagem fatídica a filha de um ano e três meses que Graciele tem com Leandro Boldrini, pai do menino.
Edelvânia e Graciele viajaram de carro dia 4, uma sexta-feira, de Três Passos a Frederico, com a desculpa de comprar uma TV para o garoto. Ao chegar à casa da assistente social, misturaram pílulas dopantes no suco do menino, que adormeceu. Ele teria sido então assassinado com uma injeção, descreveu Edelvânia, a única até agora a colaborar com a Polícia Civil. Foi ela quem indicou aos policiais o lugar onde enterraram o menino.
Ela desconversa sobre como conseguiram fazer força suficiente para abrir a cova e sobre o que as levou a cometer o crime.
O pai do menino, o médico cirurgião Leandro Boldrini, também está preso, suspeito de ocultar informações sobre o crime e pistas que comprometiam sua mulher, Graciele. O casal e a amiga estão com prisão temporária decretada pela Justiça, por um prazo de 30 dias.
O corpo de Bernardo foi encontrado segunda-feira em Frederico Westphalen, cidade situada a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde vivia. Estava numa cova de um metro de profundidade, envolto num saco preto, praticamente sentado dentro do buraco.
Foto: André Piovesan / Folha do Noroeste
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